.
.

sexta-feira, 18 de junho de 2010

A "religião" dos Tempos Modernos...

Hoje quero falar-vos acerca dessa grande "religião" que se formou com o início dos tempos modernos.

Tudo começou com uma das grandes invenções da humanidade. Não por ser útil na alimentação, protecção ou segurança do homem, mas por permitir que se registassem imagens em movimento, divulgando-se notícias, histórias, acontecimentos...

Quando os primeiros cinemas surgiram, as sessões de projecção eram realizadas nos mesmos horários dos cultos, aproveitando o tempo livre das pessoas e o hábito de sair em família.

A Psicologia apelida o fenómeno do deslocamento das pessoas das suas casas até um local específico, com o nome de "representação dirigista". Explicando melhor, várias pessoas, desconhecidas umas das outras, seguem na mesma direcção, com o mesmo objectivo. Dessa forma, o indivíduo sente-se sociável e inconscientemente associa a ideia de que para atingir algo bom, que o satisfaça, tem de sair do seu lar, guardando a ideia de que as coisas importantes fazem-se em locais específicos.

Não esperemos que a indústria do entretenimento cultive bons valores na mente dos seus seguidores. Todo ela está em poder dos magnatas "senhores do mundo", donos do dinheiro e membros de sociedades secretas, servindo ao inimigo. Não será então de estranhar que todo o entretenimento seja projectado para fazer-nos adormecer no espírito lentamente, levando-nos a esquecer as verdades bíblicas, de forma a ficarmos permeáveis em relação às depravações mundanas, aceitando as maiores blasfémias e imoralidades, tudo com a desculpa do "não é assim tão mau", "isto não faz mal nenhum", ou pior ainda "sou crente, isso não me afecta".

"Como, pois, recebestes o Senhor Jesus Cristo, assim também andai nele,"
Colossences 2:6


Precisamos ter cuidado com o que deixamos os nossos olhos verem, pois tudo o que entra por eles fica irremediavelmente registado no nosso subconsciente e levar-nos-á a agir inesperadamente mediante certas situações...

A Psicologia da Comunicação, no estudo da Semiótica, revela que quem vai ao cinema está indo literalmente a um templo. Se pensarmos um pouco sobre o assunto veremos que é basicamente um ritual religioso, preenchendo a necessidade de adoração que existe em cada um de nós.
O cristão que começa a ir ao cinema começa progressivamente a perder a vontade de manter a comunhão com Deus e de se deslocar até à sua igreja. Surgirá uma competição entre os dois “templos”.
Infelizmente, por experiência própria, nós sabemos que se não houver um despertamento espiritual, a escolha geralmente pende para o lado mais “atraente”.

"Será, porém, que, se de qualquer modo te esqueceres do SENHOR teu Deus, e se ouvires outros deuses, e os servires, e te inclinares perante eles, hoje eu testifico contra vós que certamente perecereis."
Deuteronômio 8:19


Se ao ler isto pensa que é puro exagero e nada tem que ver com a realidade, então explique porque razão usam-se tantos termos relacionados com religião, na indústria do cinema. Os seus actores e actrizes, assim como alguns realizadores de topo são chamados de “astros”, “deuses” e “ídolos” do cinema. Quando se faz algum comentário sobre um filme, refere-se sempre ao nome de quem realizou ou interpretou e não a quem produziu (por exemplo), vinculando-se o nome do “ídolo”.
A razão mais frequente de voltarem ao cinema é para assistirem a uma nova interpretação do seu “ídolo” favorito.
A simpatia, leva muitas vezes a uma fixação e obsessão em imitá-lo (a), fazendo com que sigam o seu exemplo de vida, suas preferências, seu estilo de vestir, o que defende, sua religião (sabendo que o ateísmo também é uma forma de religião)...

"Finalmente, irmãos, vos rogamos e exortamos no Senhor Jesus, que assim como recebestes de nós, de que maneira convém andar e agradar a Deus, assim andai, para que possais progredir cada vez mais."
1Tessalonossences 4:1


Qual é o efeito que assistir a um filme no cinema faz em nós:

- Toda a preparação a nível de som, imagem, escuridão ou a posição das cadeiras, tem a finalidade de causar um maior impacto sobre o indivíduo. A essa técnica dá-se o nome de “suspensão da realidade” (ou da “credibilidade”) em Psicologia.

- Quando alguém entra na sala de cinema, que é um espaço fechado, à parte e diferente, experimenta a suspensão do dia-a-dia, deixando a sua vida do lado de fora da sala e esquecendo a realidade, tudo o que rege a sua vida, até mesmo os seus os princípios. O facto de saber que irá assistir a uma obra de ficção, fá-lo baixar as guardas quanto ao que toca ao que não é edificante, ou ao que não é decente, nem aceitável e recebe tudo o que vê, pois sabe que é apenas uma história.

- Comparando o cinema a uma "igreja", podemos ainda observar que também há uma tendência pessoal em sentar-se mais à frente ou mais atrás e, há uma necessidade em sentir-se parte de um grupo e ser-se aceite pelos outros, vestindo-se geralmente de uma maneira mais cuidada (para sair).
O cinema preenche também a necessidade de ser sociável. Na sala de cinema, cada um faz parte do ambiente e integra-se nele, pois não há cinema sem pessoas assistindo.

- Com o desenvolvimento das tecnologias do entretenimento, a experiência de cinema desenvolveu-se muito. O som stereo deu lugar ao surround, num volume bastante alto, com sons enérgicos, num registo por vezes ensurdecedor. Isso leva à alteração da noção de equilíbrio e do próprio espaço do cinéfilo.
Em qualquer tipo de filme, ainda que seja mais "parado", a banda sonora contribui muito para criar suspense, mantendo o indivíduo sob tensão, o que altera os batimentos cardíacos e provoca ansiedade.

- As grandes telas de cinema, panorâmicas, englobam tanto a visão central, como a periférica, não são como uma televisão (mesmo que seja grande e panorâmica).
Só o simples facto de se sentar num meio escuro e haver um único ponto de luz em frente ao espectador, causa algo semelhante à hipnose (onde se olha atentamente para um ponto fixo).
Não nos esqueçamos que mais do que apenas 20% do que vemos, ouvimos ou sentimos passa realmente pelo consciente, o restante fica guardado no inconsciente e pode muitas vezes influenciar-nos, mas não temos controlo sobre ele.

"Filhinhos, ninguém vos engane. Quem pratica justiça é justo, assim como ele é justo. Quem comete o pecado é do diabo; porque o diabo peca desde o princípio. Para isto o Filho de Deus se manifestou: para desfazer as obras do diabo. Qualquer que é nascido de Deus não comete pecado; porque a sua semente permanece nele; e não pode pecar, porque é nascido de Deus. Nisto são manifestos os filhos de Deus, e os filhos do diabo. Qualquer que não pratica a justiça, e não ama a seu irmão, não é de Deus."
1João 3:7-10


Se pensarmos em tudo o que reflectimos, ir ao cinema assistir a um filme é mesmo uma espécie de ritual religioso, onde tantos de nós (incluindo muitos crentes e pastores) vão adorar algo sem se aperceberem.
Quando deixamos a realidade fora do ambiente onde nos encontramos, os nossos sentidos são tomados pelo desenrolar do filme, como que hipnotizados pelo som, pela imagem e todos os efeitos especiais.
Enquanto assistimos a um filme, ainda que saibamos que trata-se de mera ficção, o nosso inconsciente acredita totalmente no que vê como sendo realidade. Então, ainda que não nos apercebamos, somos controlados pelos (maus) princípios que aprendemos, pela incredulidade, pela independência, revolta contra Deus, auto-suficiência, práctica e defesa de actos imorais como roubos, assassinatos, prostituição, adultério, etc... e esses valores tornam-se a nossa realidade. 

"Guardai-vos, que o vosso coração não se engane, e vos desvieis, e sirvais a outros deuses, e vos inclineis perante eles;"
Deuteronômio 11:16


Será que temos consciência de tudo isto e ainda assim não nos afastamos do mal?

Será que não temos consciência de nada, achamos que ir ao cinema é inofensivo, temos prazer em assistir a filmes, e depois saimos da sala de cinema com a mente cauterizada e as emoções dessensibilizadas?

Se não formos ao cinema estaremos certamente livres de todas estas coisas que afectam a nossa mente, mas a decisão pertence a cada um de nós:

A quem desejamos adorar... Com quem queremos ter comunhão... Com o que pretendemos envolver-nos... A quem entregamos os nossos sentidos e toda a nossa vida...

“Sobre tudo o que se deve guardar, guarda o coração, porque dele procedem as fontes da vida.” 
Provérbios 4:2


Deus vos abençoe.

0 comentários:

Enviar um comentário

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...