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domingo, 23 de dezembro de 2018

Ainda há cristãos integros?

“Porque nós não somos, como muitos, falsificadores da palavra de Deus, antes falamos de Cristo com sinceridade; como na presença de Deus.”
2 Co 2.17 



Desde os anos 70 que vêm surgindo, um pouco por todo o mundo, novas "igrejas" e movimentos em que alguém, afirmando ter uma "nova revelação" de Deus, acrescenta, altera ou retira partes das escrituras ou defende uma nova interpretação de alguns versículos bíblicos, criando uma seita em torno de si mesmos.
Hoje em dia, na igreja está muito em voga o culto da celebridade, o culto aos homens, o culto da carne.

Os "novos" líderes não pregam mais o que Deus quer falar ao Seu povo, mas dão-lhes o que o povo deseja ouvir, aquilo que mais agradar ao povo. 
Tal como um médico que esconde ao paciente a doença terminal que o irá levar à morte, estes negam às pessoas as Verdades das escrituras, não lhes dizem que estão mortos em delitos e pecados, nem que o seu destino final será o inferno, se não se arrependeram.

Os falsos profetas são o julgamento de Deus para aqueles que não querem seguir Jesus mas servir a carne e os prazeres da vida.  O seu deus é o seu ventre, aparentam ser ovelhas (com palavras carinhosas, cheias de lisonja, nunca nos contradizendo, dizendo o que desejamos ouvir) mas no seu interior são lobos devoradores (cheios de todo o ódio e maldade, procurando apenas o benefício próprio).

Então, as grandes Verdades da Bíblia (o pecado que trazemos desde o nosso nascimento, o nosso estado de perdição, a depravação moral geral, a condenação eterna, o inferno, a existência do diabo...) são cada vez mais esquecidas, diminuídas e até mesmo desmentidas, enquanto que meias-verdades (a prosperidade material, a cura física, a libertação financeira...) são proclamadas como algo garantido, absoluto e de principal importância na vida dos que seguem a Deus.

Estes pregadores não fazem isso por amor ao povo, mas por amor a si mesmos, querendo conquistar fama, popularidade e a admiração de todos, buscando desfrutar mais das riquezas materiais do que da presença de Deus na sua vida. 


Os principais argumentos que estas igrejas usam para convencer alguém a congregar-se nelas, não são:

- a pureza da pregação com genuína interpretação bíblica,
- o zelo pela integridade e busca da santidade,
- o exemplo moral dos seus líderes,
- a sobriedade no culto a Deus,
- a centralidade das escrituras sagradas na vida da igreja,
- a exortação à leitura bíblica, oração e jejum,
- a busca da direção do Senhor para a nossa vida,
- a entrega total nas mãos de Deus...

...mas através de coisas materiais e humanistas como: 

- oferta de pacotes de serviços para a família, 
- qualidade profissional musical e vocal do "louvor",
- letra e composição musical agradável ao sentimento e celebrando a carne,
- eventos mediáticos com convidados internacionais, 
- festas temáticas, shows musicais, concertos, 
- viagens, excursões e divertimentos vários, 
- palestras leves e animadoras de auto-ajuda e auto-afirmação.


Por esta razão, estamos assistindo à substituição atroz:

- do avivamento pelo entretenimento,
- da unção pela emoção,
- da liberdade pela libertinagem,
- do louvor pelo show.


E à medida que nos formos afastando da Verdade da Bíblia confiando apenas em homens e não confirmando as suas pregações pela Palavra de Deus, estaremos sujeitos a "engolir" todas as heresias que nos tentam "vender":

- a "palavra de fé" (cura e prosperidade como objectivo da fé),
- a "visualização" (imaginando e recebendo), 
- o "trazer à vida pela palavra" (declarando à existência), 
- o "fazer da fé uma força tangível" (endeusando a própria fé), 
- o "ter fé na própria fé apenas" (crer só no acreditar), 
- a "autoridade sobre o clima" (comandar as forças da natureza), 
- a "doutrina dos pequenos deuses" (crendo sermos deuses em ponto pequeno), 
- o "sermos iguais a Deus" (estando em pé de igualdade ao Criador), 
- a "redução da importância da Bíblia" (retirando a autoridade da Palavra e elevando a experiência), 
- o "Jesus nascendo com a mesma natureza de satanás" (fazendo do diabo um deus), 
- o "Jesus não ter levado os nossos pecados mas ter-se feito pecado por nós" (anulando a sua santidade), "Jesus destruindo o diabo no submundo" (Jesus salvando-nos no inferno e não na cruz), "Adão sendo Deus no paraíso" (defendendo sermos deuses caídos), 
- o "Espírito Santo não podendo habitar corpos quebrados, doentes ou diminuídos" (defendendo não podermos adoecer, fracassar ou perder).


Temos que admitir que a forma como os cristãos acreditam, interpretam a Palavra e comportam-se nos nossos dias, nada tem a ver com os cristãos da igreja primitiva.
Quem nunca viu publicações nas redes sociais de "cristãos evangélicos" sobre astrologia e signos, citações de gurus budistas, mensagens da "nova era", versículos bíblicos cruelmente distorcidos por lobos enganadores e mensagens completamente anti-cristãs?
Quem não se deixou influenciar pelas palavras mansas e ardilosas de muitos falsos mestres, por algum tempo, nem seduzir pela música dos grupos de muitos movimentos que agora sabemos ser heréticos e totalmente fora da Palavra de Deus?
A verdade é que nunca se acreditou na Palavra de uma forma tão leviana, nunca se aceitou tantos ensinamentos de influência pagã e oculista como verdade, nem nunca se deu tão pouca importância à santidade e integridade cristã.





Deus vos abençoe.

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